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Hormônio do exercício pode modular genes relacionados à replicação do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Leia o artigo na íntegra: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0303720720302173


Um novo estudo conduzido na Unesp sugere que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, pode ter efeito terapêutico em casos de COVID-19.

Os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) dentro de células humanas.

Este estudo pode ser uma nova opção para um potencial tratamento terapêutico em pacientes com COVID-19, pois os pesquisadores descobriram que o tratamento com a irisina em células adiposas diminuiu a expressão de diversos genes fundamentais para a replicação do vírus em células humanas.


Além disso o estudo ajuda a explicar o fato de idosos serem mais propensos à contrair a forma mais grave da doença.


Um terceiro aspecto importante está no achado de outros grupos de pesquisa sobre o tecido adiposo aparentemente servir como repositório do vírus. Isso ajuda a entender por que indivíduos obesos têm maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19. Fora isso, indivíduos obesos tendem a ter níveis menores de irisina, assim como maiores quantidades da molécula receptora do vírus [ACE2], quando comparados a indivíduos não obesos.


A irisina, normalmente produzida de modo endógeno durante o exercício físico contínuo, é conhecida pela função de modificação metabólica do tecido adiposo branco – que armazena triglicerídeos, lipídios, acumula gordura e pode vir a ser inflamado –, tendo função similar ao tecido adiposo marrom. Esse processo favorece o gasto energético, o que torna a irisina um agente endógeno terapêutico para doenças metabólicas, como a obesidade.


É também conhecida a capacidade moduladora do hormônio na atividade dos macrófagos (células de defesa do sistema imune), o que confere potencial propriedade anti-inflamatória.


Com a maior compreensão do papel da irisina em fatores correspondentes à obesidade e também a sua possível relação com os casos de COVID-19, o grupo de pesquisadores vai analisar o efeito do hormônio em células infectadas com SARS-CoV-2.



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